sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Comprar o livro

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CARACTERÍSTICAS:
Editora: Texto e Contexto         
Ano da Edição: 2018
Autora: Andressa Marcondes
Formato: Brochura
ISBN: 8594441061
Dimensões: 29,7x21x1cm
Páginas: 72
Papel: Couché Fosco
Peso: 450g

Colorido

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terça-feira, 21 de agosto de 2018

Confluência e dispersão

Sinestesia: confluência de sentidos.

Que sentidos? Significados...
Que sentidos? Sensações...

Em Sinestesia - sensações plurissignificativas,
plurissignificações sensoriais.

Cruzamento fe-cundo, dinâmico, perplexo - entre
imagens visuais e imagens textuais, em explosão/implosão
de significados e sensações diante da múltipla-complexa realidade.

Ou em construção babé-lica, desfocada, de outra(s) realidade(s)?

Cores, imagens, movimentos, formas, ângulos, deta-lhes, closes,
questionamentos, palavras-flechas em desassossegadas direções.

Confluência e dispersão.

Sinestesia - universo onírico em pulsações de imagens/palavras
de mil e um es-pelhos partidos e em partida.

Sim: estesia. (Im)pura!



Prof. Dr. Ubirajara Araujo Moreira

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Texto de apresentação

A poesia sela as cores da fotografia neste primeiro livro de Andressa Marcondes; serve para grifar as emoções dos olhos das pessoas fotografadas. Ao acompanhar o movimento das linhas da foto, a poesia mostra que entende de enquadramento e técnica, de perspectiva e de proximidade, que a palavra é capaz de compor a atmosfera da memória da mesma forma que imagem.

Algumas fotos publicadas neste livro fizeram parte de pesquisas acadêmicas que evidenciaram a capacidade da fotografia de captar expressões de ocupação do espaço público. Há, também, um tipo de registro emocional. As imagens de Sinestesia mostram mais atmosferas do que lugares, mais gerações do que datas ou acontecimentos exatos.

Andressa Marcondes compõe esses registros para se apropriar do objeto fotografado como escreve a ensaísta Susan Sontag, mas, também, para manter viva a memória da juventude, colecionar pedaços de um mundo para o qual outros fotógrafos já não olham. Ela está mais próxima da ocupação da cidade que já faziam Vivan Mayer e Diane Arbus. Aqui, a fotografia não quer evidenciar detalhes técnicos bem colocados, quer fazer olhar para dentro, estimular nosso sentido de pertencimento ao Tempo.

Há registros de shows, mas nenhuma banda aparece. Os olhos da autora se interessam por quem está abaixo do palco e à margem dele. Depois que um show acaba, por que alguém ainda fica? Porque há outro círculo e outra magia para além do show, além da vida rotineira da cidade: são as relações retratadas em sua essência, sem holofote e sem produção.


Gisele Barão

Nota Editora

Sinestesia, de Andressa Marcondes, enriquece o caminho da fotografiautoral. As imagens que nos são apresentadas, de certa forma, são fragmentos biográficos que nos mostram o admirável ser humano.
A maneira como a autora situa suas imagens no universo visual, e seu estilo solto das amarras padronizadas, fazem desta obra uma fonte de libertação criativa, que se move, e é movida,num diagrama repleto de cores, formas e sentidos.
Sejam bem-vindos ao universo “andresseano” da fotografia, que a Texto e Contexto Editora orgulhosamente apresenta.

Rosenéia Hauer
Mestrado em Estudos da Linguagem - UEPG
Diretora e Editora-chefeTexto e Contexto Editora

Parecer Supervisor

De acordo com a estilística, a sinestesia pode ser conceituada como o cruzamento de sensações ou a associação de palavras/expressões em que ocorre a combinação de sensações diferentes em uma só impressão.

Tendo em vista essa definição, a obra de Andressa Marcondes não apenas faz jus ao título, mas expande a própria concepção de experiência sensorial. Em suas mais de setenta páginas, o livro promove o cruzamento de palavras e a associação de sensações por meio de imagens e letras, assim como através de seus contornos, suas sombras e seus vazios. Afinal, a ausência também tem o seu discurso e a sua estética.

Essa pluralidade semiótica cria um caleidoscópio de cores e formas que, ao enfatizar a singularidade das impressões do leitor-espectador, plulariza os sentidos e as possibilidades de experiência. Com isso, os ritmos de leitura podem assumir compassos diferentes, que podem variar desde a imersão contemplativa até a reflexão crítica. Esmiuçar cada detalhe do tempo congelado em cada fotografia pode demandar tanta concentração quanto buscar as reverberações de cada verso.

Ao contrário dos livros ilustrados, gênero suporte para o desenvolvimento da capacidade ledora, a obra Sinestesia não sobrepõe texto e imagem, o que poderia redundar em verborragia kitsch, mas amplia, pelo efeito de integração, os significados que se entrecruzam nos limites das duas linguagens. Quando o verbo falta, a cena responde. Quando a cena se entrega ao caos da visão do momento, o verbo organiza. Com isso, certo caráter pedagógico dos textos com ilustrações se mantém, já que o leitor deve rearticular e pluralizar seus modos de leitura a cada nova página. E se a próxima página deixa vista embaçada, a imaginação ocupa o seu lugar e devaneia pelos traços do que poderia estar lá. E se a palavra grita silêncio, o eco assusta as pombas que tentam escapar do quadro seguinte.

Poemas, pensamentos e gestos são a matéria-prima da obra e a sensibilidade na organização desses elementos sua forma de expressão. Por conta dessa dinâmica, o público leitor de Sinestesia é tão vasto e variado quanto o seu potencial de significação. Notívagos, madrugadores, poetas, fotógrafos, músicos, transeuntes e motoristas. Assim como os espaços públicos capturados pela lente e pela letra, a obra está aberta para todos os olhares e todas as particularizações.

Diante de todos esses apontamentos, considero que a publicação da obra Sinestesia é não apenas desejável, mas também necessária. Em tempos nos quais o instântaneo  e o fugaz regulam gestos e gostos, capturar o instante e refletir sobre ele representa um movimento de redescoberta da nossa própria capacidade de sentir.



Professor Dr. Evanir Pavloski
Conselho Editorial
Texto e Contexto Editora

Sobre o livro

Sinestesia é um livro onde fotografia e poesia se misturam de uma maneira diferente. A ideia para criar a obra veio da vontade de estabelecer um diálogo entre as linguagens verbal e não verbal de uma maneira não tão convencional. As imagens do livro pretendem brincar com esta relação e com a imaginação do leitor, abordando temas como: memória, tempo, amizade, dor e amor, mantendo predominantemente um tom melancólico. As páginas do livro foram diagramadas de maneira não tradicional com o intuito de instigar ideias, sensações e reflexões, além de explorar a plasticidade que o encontro entre os textos e as fotos poderia criar. 
 
O fenômeno neurológico chamado Sinestesia acontece quando um único estímulo provoca duas sensações de natureza diferente. O nome foi escolhido pelo livro brincar com as duas linguagens e também por não ter sido feito a partir de um único processo de criação. Inúmeros caminhos foram percorridos até se chegar às páginas finais e na identidade visual do livro.
 
A primeira versão do livro foi um trabalho de conclusão de curso para a especialização em Fotografia: processos de produção de imagem em 2015. A versão final apresenta algumas alterações, mas é essencialmente o mesmo livro. Algumas fotos e textos são antigos, outros foram criados especialmente para o livro. A maioria das fotos é na cidade de Ponta Grossa-PR e algumas são na cidade de Curitiba-PR.
 
Sobre a autora: Andressa Marcondes é fotógrafa e atualmente trabalha como designer na Editora UEPG. Nasceu em Ponta Grossa-PR em 1988, é formada em Tecnologia em Design Gráfico pela UTFPR e tem especialização em Fotografia: processos de produção de imagem pela UTP. Sinestesia é seu primeiro livro.